Às muitas pessoas que possuem livros de auto-ajuda e os escondem para não serem escrachados publicamente, tenho a dizer – brilhante estratégia – leiam sim!
Caso, seu plano de saúde não lhe permita um bom terapeuta, seu orientador espiritual não for uma pessoa que entenda bem de sentimentos e emoções, você pode utilizar os livros para se ajudar. E, desejo que Deus os auxilie a compreender a mensagem e os oriente para uma boa aplicação.
Quando o assunto é “chaves de poder”
Chaves de poder são distribuídas, por vezes, em livros de baixo custo e fácil compreensão. Populares entre pessoas que possuem pouco tempo para ler, executam tarefas rotineiras e sua força de trabalho resulta em alimentação, transporte, diversão e proteção em nossas vidas. Após um dia exaustivo, sobra pouca energia para cuidar de suas vidas individuais, familiares e social (lazer e formação). Como cuidam do que é difícil e às vezes impossível para alguns executarem, imaginam que estes que movem melhor os músculos cerebrais, as conduzem, protegem e as alimentam em nível mental e emocional.
É um doce engano
Segundo os demais, pegam no pesado por absoluta ignorância e devem ser mantidos assim, senão “acabariam os serviçais”.
“Porque quebrar a servidão voluntária de nossos assistentes, ajudantes e pessoas boas de coração, que acreditam que servir ao próximo é tomaládácá?”
Estudos demonstram que se utilizamos nossos músculos e mentes para trabalhos rotineiros na maior parte de nosso dia, precisaremos de mensagens simplificadas e adornadas para que atravessem todo o cansaço e rotina antes de cairmos no sono.
O livro de auto-ajuda tem a intenção de atingir a inteligência de forma enfática. Precisam chegar antes que os anúncios de cervejas embebedem a todos com suas “chave de poder”. Chaves, ou códigos, que induzem — a fazer o que não se quer, não se pretendia e não se possui meios de manter.
Esses anúncios estão democraticamente disponíveis, sem censura, em horário nobre, sem que ninguém da elite se manifeste chamando-os de primitivos, simplórios ou oportunistas.
O livro de Clotaire Rapaille revela muitos dos códigos usados em nosso cotidiano. Uma boa chance de medir o quanto temos de marionetes. Recomendo.
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