Feliz Natal!

Secret Garden 932_n

Guerra e paz em nós

Quando há vergonha em nós, ela se aproxima muito do ódio mortal, pois um desprezo que gela ao zero absoluto, também mata
Diferente da vergonha que nos deixa quentes, vermelhos até evaporar por nossos poros. Daquela que trazemos à consciência e através dela nos desculpamos e a transformamos em palavras de pesar todos os nossos enganos. Momento em que, diante ao outro, conseguimos descer ao tamanho de nossa ignorância e olhar dali, a justa medida, em que estava nossa consciência, comparada com a nossa arrogância.

À medida em que o filme, de como chegamos a esse engano, passa por nós, velozmente, percebemos que os incentivos locais criaram uma espécie de corredor polonês, no qual se determinou (aparentemente) o único caminho a seguir, para supostamente “nos salvar”. Salvar o quê? Salvar do que? Esse é o momento máximo para o teste da arrogância. Seria eu capaz de, continuar no chão simbólico, até que minha consciência se expanda o suficiente e acompanhe toda a infiltração dessas supostas verdades e único caminho?

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CÂNDIDO PORTINARI, Guerra e Paz, 1952 – 1956 Óleo madeira compensada – Sede das Nações Unidas – Nova York – EUA