No caso de o passado ter me dado todas as respostas, acredito que sim, eu o encerro. Encerro tudo o que me trouxe vida, estrutura e porque não confessar, felicidade.
Se a vida é uma grande árvore, que o passado seja as raízes, com suas lições em grande parte amargas, pois concentradas, após desidratar ao sol. Os meus sonhos, por tanto tempo, nutridos a sombra, hoje em retorno à natureza, podem ser os minérios necessários ao tronco elegante e a expansão de folhagens, alimentos para arbustos e esses abrigo aos pássaros.
Perceba que estou resistindo a tentação de tornar todo esse campo, um lindo jardim, com uma colina inteira só de gramas limpas e macias para correr e rolar com a inclinação, sem esforço, só entrega às leis físicas, as quais regem o planeta Felicidade. Mas é o passado. Devo deixá-lo como está.
Quero coisas boas, porém tantas… Como cuidar de tantas?
Ah, claro… as pessoas. Coloquei tudo ao alcanse da vista, menos pessoas. Deve ser atitude de árvore, misto de Yavanna — a provedora de frutos e Vána — a sempre-jovem, envolvidas com frutos, flores e pássaros.
O dia 25 de março foi feliz, apesar de só citá-lo dois dias depois.
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