Ao pai e ao filho

O que se espera de um pai, e o que se espera de um filho

Ao pai a responsabilidade de manter as tradições, manter as regras, dar a direção. Ao filho obedecer sem questionar. Regras absolutas, quase inalcançáveis, aparentemente injustas e desprovidas de prazer em sua execução.

Deve ser quase insuportável manter-se ‘O absoluto deus-das-regras’, ‘das direções’, ‘das tradições’. Imagino, pela maneira que agem, que os pais tramam transgressões, traições e preparam tudo para que a piazada se torne alada, tal qual Mercúrio. Revoltem-se, parecem dizer, retirem de meus ombros o fardo que é acertar as escolhas para o perfeito mundo em que devem andar.

Imagino se o mundo não deveria ser mais transparente
Caso as pessoas mudassem de atitude, poderiam olhar para seus filhos não mais como flechas. Nós somos o arco que Deus estica ao máximo e as crianças, talvez, flechas, mas não somos o arqueiro. Penso, se desfrutássemos como dois instrumentos servos, de uma ideia maior, nossos rebentos perderiam o olhar de franca admiração com que nos olham, principalmente como olham para seus pais? Será que deixariam de querer imitá-los?

Eu acredito que não!

2 Respostas

  1. nao foi muito divertido

    • Eu tive a graça de ter um pai muito humano. Ele era uma pessoa amorosa, alegre, presente. Ser como ele foi uma meta ao meu alcance.

      Meu pai, nas lembranças da minha infância, era um homem feliz por estar com a gente. Nunca foi super-humano e talvez por isso tão próximo.

      Vejo os homens de hoje, sem o gosto por essa felicidade. Estar juntos deveria dar prazer e não gerar tantas cobranças e expectativas. E, como você diz, não é divertido o texto gerado por essa vivência.

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